Em meados da década de 1970, a prefeitura
(provavelmente na administração de João Antônio da Paixão, vulgo João
Carira) loteou parte do Saco Torto, a pouca distância da cidade de
Carira. Nascia então o povoado Vila Nova. Por lá já morava a família de
Aurino de Carvalho, entre outras. Dona Luísa Camila de Carvalho
(Bizuca), viúva de Aurino, é a mais antiga moradora do bairro e reside
até hoje na mesma casa onde morava antes da criação do loteamento.
Com
o tempo, a cidade se alastrou em direção da Vila Nova, e vice-versa, de
tal modo que o povoado se tornou bairro, num dos pontos mais altos de
Carira.
Alguém hoje sabe ou já indagou a causa do nome desse bairro?
As
autoridades competentes o batizaram de Bairro Getúlio Vargas, mas esse
nome nunca se popularizou, nunca passou de formalidade. O nome pelo qual
a população sempre o chamou, desde o princípio até hoje, é Vila Nova.
Quem mais do que o povo tem força para dar nome a bairros?
Entre
a atual baixa do Saco Torto e o citado loteamento havia dois campos de
futebol, em que jogavam times amadores famosos na época - o do Palestra e
o do Vila Nova. Era comum haver, num mesmo dia e horário, jogos nos
dois campos. Depois de certo tempo foi extinto o campo do Vila Nova, e o
time se mudou. Chegamos a vê-lo em outro campo nas imediações do Ponto
Chique. Mas essa mudança não o impediu de emprestar, com muita
espontaneidade, seu nome ao bairro. O do Palestra porém permaneceu por
lá até meados da década de 90. Ainda hoje nos lembramos das partidas em
que se enfrentavam Palestra, Vila Nova, Rodoviária, Travessão e outros
que não nos ocorrem.
Atualmente vemos tudo completamente urbanizado.
Entre a rua José Nunes da Silva e avenida 13 de Maio se situava o campo
do Vila Nova, e na praça do ginásio de esportes ficava o do Palestra.
Vicencia Maria de Souza, moradora da Vila Nova, nos ajudou na obtenção destes dados.
REEDIÇÃO DE UM TEXTO PUBLICADO EM AGOSTO DE 2007Circulação de cavaleiros pela rua Aurino de Carvalho, na 7ª Cavalgada da Vila Nova (2009)
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